sábado, 28 de fevereiro de 2015

A minha refeição preferida!

Quem me dera ter mais tempo de manhã para preparar um PA delicioso e nutritivo! Às vezes dá, outras nem por isso! Depende se me deixo dormir mais dez minutos, se o puto acorda antes do previsto, se preparei todo o resto no dia anterior....
Ao fim de semana é mais fácil, há mais tempo e as panquecas de aveia tem sido habituais!

Esta semana experimentei uma coisa nova: usei o iogurte grego ligeiro e a granola caseira habituais. O que fiz de diferente? Triturei morangos até ficar uma polpa e fiz claras em castelo que envolvi no iogurte (ao qual acrescentei anteriormente um fio de mel). Acreditem, comecei o dia com uma verdadeira sobremesa ;)


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Finalmente, decidi conhecer o Grey!

Ele brinca e eu aproveito para ler ;)


Esta coisa dos romances eróticos preencheu o panorama nos últimos tempos e aquela febre que se via por todo o lado teve o efeito contrário em mim: não tinha curiosidade nenhuma em experimentar este género literário.
Até que surgiu o filme e o maridão quer ir ver o filme. E confesso, também tinha curiosidade. Nesse caso, aproveitei a onda e pensei: vou arranjar os livros. A modos que no fim de semana passado despachei o primeiro. O que dizer?
Lê-se muito rápido. É diferente do que já tinha lido até então e até tem alguns aspetos que (a serem desenvolvidos) poderão ser interessantes e dar um empurrão na história. Chegou a uma altura em que, confesso, estava farta de sexo, sexo, sexo. Era mais do mesmo. No inicio suscita curiosidade porque não estou propriamente familiarizada com as práticas Sadomasoquistas lol! Mas depois...enjoa um pouquito!
Este fim de semana devo começar a ler o segundo e sábado vamos ao cinema (de algumas opiniões de pessoas que leram o livro, deixou muito aquém)! Vamos lá ver se vale a pena!

Opiniões desse lado?

 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A Escolha de Yasmeena - OPINIÃO




Yasmeena é afortunada. Tendo nascido no seio de uma família árabe, uma cultura com preconceitos profundamente enraizados relativamente às mulheres, teve a sorte de ter um pai que não se envergonha de ter uma filha mulher e que se orgulha da beleza e inteligência da filha e que a apoia quando esta decide ter alguma independência e dá prioridade a arranjar um trabalho em vez de um casamento, como acontece na grande maioria das famílias árabes.
Yasmeena consegue trabalho numa companhia aérea e conhece vários países pelo mundo fora. Até uma colega de Yasmeena lhe pedir para trocar um voo e a sua vida mudar para sempre. A nossa heroína vê-se encurralada no Kuwait, no dia que este é invadido pelo Iraque e está longe de imaginar o que lhe está para acontecer. 

Ainda que tenha amigos numa família kuwaitiana que lhe dá guarida, ao apoiar a resistência, ela acaba por ser capturada e levada para uma prisão de mulheres, um circo de horrores onde mulheres são abusadas dia e noite por soldados iraquianos, verdadeiros criminosos que violam, agridem, mutilam e, quando não querem mais aquela mulher, executam-na e pedem outra para usarem e se servirem.
Este livro mostra-nos a dura realidade da guerra, mostra-nos que em todas as guerras, a violação de mulheres acontece, independentemen te do extrato social, da cor da pele ou da idade. A escrita não poupa pormenores e é difícil alguma vez esquecer os relatos que li neste livro, quase como se sentisse o cheiro daquela prisão, o terror daquelas mulheres, o fedor daquelas celas, a falta de condições para as mulheres que todos os dias eram abusadas e que mal conseguiam passar o corpo por água.
Yasmeena preferiu usar a inteligência e a astúcia para quebrar o seu carcereiro. Tal como a autora, considero-a uma heroína, mas Yasmeena carrega o peso da tradição familiar e da cultura árabe. Sabe que sempre será vista como culpada pela sua violação e por tudo o que fez, apenas para sobreviver. Ela fez uma escolha.
Lana, outra prisioneira, com apenas dezasseis anos, decide que vai lutar enquanto viver contra o monstro que, três vezes por dia, a viola e a agride, quase até à morte. Um sádico pervertido que tem prazer em ver aquela menina a definhar, a gritar e a morrer lentamente. Uma história demasiado perversa, mas que infelizmente foi real. Tudo o que a autora nos relatou é verídico. Aconteceu e continua a acontecer em todo o mundo.

É uma leitura extremamente emotiva e forte a vários níveis. Deixa-nos perplexas, indignadas e revoltadas por estas coisas continuarem a acontecer. 
Gostava que a autora nos tivesse dado certezas quanto ao destino de Yasmeena. O que decidiu depois a nossa heroína, depois de se ter salvo? Pelo menos essa certeza temos, que sobreviveu ao inferno.
A autora partilhou com o leitor várias fotografias e, no final, também nos fez um resumo do contexto histórico do Kuwait e do Iraque. Gostei imenso de ficar a saber um pouco mais sobre a história e os conflitos nestes países e agradeço à escritora por o ter feito.

Um livro que devia ser de leitura obrigatória. Mesmo para quem não gosta deste género de livros, é uma obrigação saberem da existência destas atrocidades.